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terça-feira, 11 de setembro de 2012

Não posso ficar nem mais um minuto com você...


O blog FLORES DE PLÁSTICO ficará sem postagens durante um longo período, isto porque estou me dedicando a escrever microcontos. Então você aí leitor da minha poesia, convido a acessar e seguir o MICROCONTOS SEM HÍFEN
Até lá!

sábado, 8 de setembro de 2012

Microconto número dois.


Durante uma semana andei por vários países. Fui á Polônia, França, passei pela Inglaterra e por fim, amei na Holanda. Tudo isto a pé. Passando pelas ruas do comércio descobri que não preciso de passaporte para viajar, só preciso deixar o corpo e destino me levar.

B!

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Microconto número um.


Da janela ele via as antenas de tevê, os pedestres, o dique e seus patinhos de penas ruivas. Só não via o seu reflexo, não havia sol.

B!

domingo, 12 de agosto de 2012

Gosto


Gosto do seu riso
e o som que ele faz.
Gosto do seu cabelo 
e d'os fios que ele traz.
Gosto quando opina poesia
mesmo quando não faz sentido.
Gosto quando volta para mim
todas as manhãs,
fazendo do dia ser mais tarde,
e na noite
sempre resta teu cheirinho
no meu travesseiro.
Resta o avesso,
veste o desejo.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Tropicália


Eu fui um grande revolucionário de 69
cantei a poesia em praça pública
coloquei meus pensamentos em uma garrafa de Scott
e caminhei sozinho,
pelas ruas da velha Bahia.
Fui envelhecendo com ela,
fui cidade baixa,
alta e até Campo Grande eu fui.
Andei no asfalto ralo dos novos bairros,
e dos tijolos de paralelepípedos fiz moradia.
Fui um tropicalista na multidão passiva
da Salvador ferida e vendida.
Sou transa, sou qualquer coisa ou coisa nenhuma.
Sou da são, do santo, de cristo de do orixá que passeia
em meu rosto, fazendo do vento minha única fé.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Livro de bolso.


Tudo que escrevo é uma obra-prima,
um Best-seller
um filme premiado
ou a música mais tocada.
Tudo que escrevo é um plágio
de mim mesmo,
uma cópia do pensamento
de criança,
do sonho de ser escritor
e escrever poemas em livros de folhas azuis
e capa flexível.
Sou poeta do plágio,
este por exemplo:
trata-se d'um plágio da minha vida.
Tenho inveja do homem que imagina
e o homem,
tem do poeta, que transcreve em sonhos
todos os desejos que o mantém vivo.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Una tarde de invierno en el oeste de Alemania.


Esse gosto amargo
gelado
que passeia por minha
língua,
foge a sanidade que cabe dentro de mim.
Disfarçando o que resta do
escritor
cai a chuva
e se desperta para ver
o que vai passar.
Passa o tempo
passa as nuvens e
passa a agonia,
só não passa o amor
e tampouco
a poesia,
que por mais que ardida, diria:
sem as palavras
não me seria.