Esperar que a flor sem vida brotasse em algum lugar,
que a água vire vinho
a noite um infinito e o dia uma porção de eternidade.
esperar que a canção tivesse notas de real,
que passe o sol, o sim e bemol.
pela rima não pensada
e a cada vírgula que separa,
cada amor que vem.
esperar pelas estações do rádio, primavera e verão...
esperar que um dia venha,
para ficar.
Paciência esperar, o acaso chegar.
Tenho guardado em mente as fotografias que tirei presente, do pensador e do beijo, do meu amor e do seu desejo tão paciente menina, desespero que se foi, sonhos de outrora. Raiou o sol no pequeno espaço do céu nublado enquanto o café esfria a cada minuto, no criado mudo a vida passa como quem passa, as palavras vão saindo, e a música vai tocando no rádio de pilhas contente, ardente deita no teu colo colorindo a boca que boca, dos encantos das flores, que comove os ais que alegremente rejeita a água do mar, e que bebem copos de café.