Tudo que tenho no bolso e vida são uns poemas na calça, e sonhos dobrados e guardados num livro de praça que vez abre e fecha, dançando com vento as páginas. Dizem por aí que sou aquele que pinta as palavras de cores, feito tela branca de sua pele leve. Singelo, pinto amores.
Francisco tinha a solidão como companhia, era como uma poesia sem métrica ou rimas como uma Monalisa sem tinta e cor. Francisco vivia como nesses dias de chuva, sempre cinza dos dias e idéias cheio de nuvens e água gelada. Para quietar sua tristeza, Francisco flutuava nos sonhos que criava ao ver as gotas da chuva cair e secar feito folha de outono do outubro, e do outrora. Em momentos às vezes, vê seu tímido olhar cobrir em detalhes o amor. E tem isso como objetivo, só não é compreendido correspondido, e nem os didos das palavras, soletravam o amor para Francisco.