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domingo, 26 de dezembro de 2010

Cuide de você.

Na mesa, vários livros em branco, papéis e xícara do café de anteontem. Os versos que insistem somente aparecer em momentos errados, o individuo é vencido pelo esforço do cansaço, pela alquimia de idéias confusas, e pela paixão ainda existente. Buscando aquilo que não tem, pelo óbvio do que já passou ao lado da felicidade ingrata e não conseguir com êxito, sonhar seu desejo de amar. Esgotado da inspiração solitária que apesar de ainda existir, inevitável seria viver sem o seu silêncio de tom acinzentado, feito dia nublado de domingos ou segundas. Mas, por um momento de sorte, do acaso ou da vida, surge a verdade rodeada de estrelas e lua cheia. Da Vênus à sensibilidade é que os versos livres saem; feito samba, feito amor.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Do lado de lá

Como no tango de Gardel, meio sofrido e junto
sentir a dor sobre meu frágil sentimento,
me deixou amada, me deixou coitada
ao véu de suas camisetas dobradas.
Chorei a lágrima d'uma agonia de ver-te
no olhar d'outras meninas.
E sem as palavras, tomou o meu começar.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Fênix.

Matei o homem e matei a farsa.
O sinhô sem rosto, sem identidade e sem paixão
Acaba de ir rumo aos seus.
Matei meu homem, matei meu nome.
Morreu jovem, viveu morto.

Nasce à verdade e inspiração que antes indigente,
Vivera ao esconde-esconde da vida poética que sempre tive.
Não fui fraude, não sou falso, nem um pingo de mentira
E nem o balde da solidão que tive (tenho).

De agora em diante, o prazer será todo meu.